sábado, 14 de novembro de 2015

Pontos de vista

Se realmente soubessem o quão louca é a minha mente...
Fui criada sendo filha única de pais mais velhos e cultos. Nasci com o dom da inteligência. Sempre tirava as notas mais altas. Nunca precisei me esforçar pra isso. Meus valores morais condiziam com os dos meus pais, o que eu queria e não queria ia de encontro com o que eles acreditavam. Por conta disso, nunca houve aquela fase rebelde, ou fase de estar brigada, de não nos falarmos. Pelo contrário, eles sempre foram, depois de pais, grandes amigos. Sou independente, moro sozinha desde cedo e sou muita agradecida por sempre estar viajando.
Até ai parece tudo um mar de rosas. Mas então porque parece que por dentro eu sou toda torta e defeituosa?
Tem gente que gostaria de estar no meu lugar. Só que, obviamente, eu mostro o que eu quero que os outros vejam.
Já tirei a carapuça, uma vez na frente de uma grande amiga. Eu chorava tanto de nojo, de desgosto e de repulsa de mim mesma, que nem dava pra falar tanto, por causa dos soluços. Pensando bem, acho que eu só consegui mostrar aquele lado pra minha amiga porque eu sei que ela também é quebrada, e que me entenderia.
Quando em companhia de outras pessoas eu sorrio, faço piadas, mostro minha falta de preocupação... Mostro uma falsa normalidade.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Aquela dor

Fazia tempo que eu não sentia uma dor dessas. Aquela dor no peito, que parece que dilacera tudo dentro, que parece que eu nunca mais vou ser feliz. Fazia muito tempo que essa apatia não me pegava. Nem dá vontade de sorrir. Eu tô pensando... Eu nem acredito em quão triste eu tô.
Acho que a saudade, as despedidas e o fato de estar sendo ignorada foram o estopim. Tô me vendo em segundo plano. Tô me sentindo rejeitada pelo mundo.